Desde 22 de novembro de 2009.

Feito à mão fica especial!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Hoje acordei me lembrando de que gosto de poesias. Os últimos meses foram tão repletos de trabalho que nem pude pensar em coisas que realmente gosto! Agora o ano está acabando, o volume de trabalho diminuindo e dá até fazer coisas diferentes do dia-a-dia. Quando criança, ainda havia o hábito das meninas terem cadernos de versos. Minha avó e, também, minha mãe recitavam versos antigos e eu e minha prima Patrícia (que já se foi)  os escrevíamos em nossos decorados cadernos de versos. Infelizmente, não tenho nenhum dos primeiros cadernos guardado. Nessa época eu tinha 9 ou 10 anos...nessa época, também, tive um professor substituto que passou alguns meses lecionando em minha sala de aula; ele gostava de poesia e fala poesias para a turma, eu adorava...ele me fez gostar mais de poesias e,principalmente, querer ser professora!
Anos mais tarde passei a tentar escrever, escrevi muitas coisas e as guardei...depois, parei...mas nunca deixei de gostar...a poesia aguça sentimentos e dá um sabor muito especial à vida. Aos leitores minha preferida:
Ainda Uma vez Adeus!

Enfim te vejo - enfim posso!
Curvado aos teus pés dizer-te:
Que não cessei de querer-te
Pesar de quanto sofri
Muito penei,
Cruas ânsias
Dos teus olhos afastado
Houveram-me acabrunhado
A não embrar-me de ti


Dum  mundo a outro impelido
Derramei os meus lamentos
Nas surdas asas do ventos
do mar na crespa cerviz!

Baldão, ludíbrio da sorte
Em terra estranha, entre gente
Que alheios males não sente
Nem se condói do infeliz!
Louco, aflito a saciar-me
D'agravar minha ferida
Tornou-se tédio da  vida
Passos da morte senti
Mas quase no passo extremo
No último arcar d'esperança
Tu me vieste à lembrança
Quis viver mais e vivi!
Vivi, pois, Deus me guardava
Pra esse lugar e hora
Depois de tanto, senhora
Ver-te e falar-te outra vez
Rever-me em teu rosto amigo
Pensar em quanto hei perdido
E este pranto dolorido
 Deixar cair a teus pés...
...
Lerás, porém, algum dia
Meus versos d'alma arrancados
D'amargo pranto banhados
Com sangue escritos! - e então
Confio que te comovas
que dor te apiade
Que chores, não de saudade
Nem de amor - de compaixão.

Gonçalves Dias

Aqui esta incompleta mas se trata de verdadeira obra de arte dedicada ao Amor...nunca me canso dela!

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